sábado, 5 de dezembro de 2009

Natal dos pequeninos...

Enquadrando na presente quadra, e sendo mãe e receptora de variadíssimos folhetos, quase com tantas páginas quanto a bíblia, de publicidade a brinquedos de todas as marcas e grandes hipermercados, verifico que existem as coisas mais absurdas, mesmo talvez aberrantes, no que toca a ofertar aos mais pequenos! Bébés recém-nascidos com scotters, carros de piquenique( supostamente ou ainda mamam ou bebem biberão), que falam e dizem que estão doentes,cães e cavalos que vão ao cabeleireiro,bonecas de tenra idade com estojos completos de maquiagem, cães em imagens quase ditas holográficas, enfim uma série de coisas que supostamente são completamente hilárias! Eu sei que a imaginação não tem limites e que na minha infância de desenhos animados do Canal 2 da RTP, o gato e o piu-piu, andavam sempre em confronto e eram espalmados ficando em espessura de 1 mm e voltavam à forma inicial! Os gatos vadios tinham uma banda e o pato Donald era o gajo da Margarida. O Mickey sacava a Minnie e o Pateta era um completo desastrado. Okay, tudo bem. Mas não é suposto os brinquedos fazerem um papel activo na construção da personalidade? Será que o meu primeiro neto com 3 meses vai andar pela minha casa montado numa scooter? E em vez de o meu filho mais velho oferecer um cachorro que faz chichi pela casa toda aos filhos, dá uma imagem virtual? E eu como avó, irei para as compras e deixo um boneco qualquer sentado no sofá a tomar conta dos meus netos? Bem, de tudo isto, o que ainda se salva, é que ainda existe a Nancy, os Playmobil, o adorado Lego, e jogos do Discovery Chanel, as Bikes, o Meccano e os estojos de química que sempre me ficaram atravessados por nunca ter recebido nenhum! E o Teddy, o urso que sempre irá fazer parte de qualquer infância. Os tempos são outros, mas as pessoas necessitam sempre das mesmas bases de valores....