domingo, 31 de janeiro de 2010

O enterro da cabeça debaixo da areia ou da terra..como queiram!

Por vezes colocamos dentro de um cofre, que vou chamar de neuro-cofre, por estar situado dentro do subcraneo, tudo o que queremos evitar sentir! Temos a manifesta pretensa em nem nos se quer lembrar do que nos perturba e dá cabo do raio da seratonina em equilíbrio. Escondemos de nós mesmos o que nos possa provocar desequilíbrio e instabilidades de caractér psíquico e nervoso, de modo a continuar a viver sem merdas a incomodar, coisas que ficaram por resolver e que deixaram marcas. Para que elas existam é porque ainda estão vivas. Continuamos a vidinha, - Eu? Tás parva já nem sei quem é? Bolas essa merda já era! A validade chegou ao fim, Deus me livre! No fundo não passa somente de um reflexo de defesa de nós próprios contra nós mesmos. Só que por vezes os neuro-cofres abrem quando menos se espera. Vou dar aqui um exemplo: Quando alguém que nós é muito próximo morre, o cheiro dessa pessoa fica para sempre guardado na nossa memória olfactiva e por vezes de repente conseguimos sem saber porquê, sentir esse mesmo cheiro. Nestes pequenos neuro-cofres subcraneanos, existem as memórias que nos elevam o nível de seratonina de forma a deixarmos-nos alegres, noutros coisas que o fazem baixar, mas que aceitamos de forma natural e depois existe o piore destes neuro-cofres, aquele em que estão guardados sentimentos, sensações, pensamentos, ilusões, que tivemos obrigatoriamente de esconder, por razão ou por outra. Ficaram sem solução, apenas em estado de latência obrigatória. Tal como os outros, por vezes abrem-se sem conseguirmos controlar o fecho, mas não só desequilibram a seratonina, como nos invadem avassaladora mente, sem dó, nem piedade. Tomam conta da razão, do sentir, do coração, de todas as nossas extremidades nervosas. Será que está aqui a chave de nunca deixar nada por resolver, para pudermos sempre caminhar em frente? Provávelmente. Não há, nem culpado, só o sentir, o existir e o ser. Mas a realidade é que o mais escondido é o mais sentido, quando sai. Quem se relaciona connosco quando nos entramos neste estado de ser, por vezes acusa, julga e culpa. Mas nada sabe do que é sentir uma paragem, um retrocesso. Cura não tem, só se faz um apelo à sensibilidade dos demais pela fragilidade presente. Cura tinha se pudéssemos resolver este neuro cofre e dividir o conteúdo por os dois, que simplesmente sobem ou descem a seratonina, os que contêm tudo resolvido. Quando este, cofre, abre a linha do equilíbrio físico mental, desce a pique e para voltar ao sítio, normalmente, mais questões ficam enterradas dentro nós. Se fosse autorizada a teoria psicadélica com LSD para estas terapias, tínhamos aqui uma candidata.