segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Balanço Feito!

Afinal o balanço anual, tornou-se sem qualquer explicação num balanço de 39 anos. Para a semana entro nos enta! Retratarmo-nos publicamente e expor as fragilidades do nosso ser, é um exercício que doí, custa, mas para mim é a melhor maneira de agradecer POR TUDO e A TODOS de quem gosto. Vamos ao Tac, sempre fui rebelde, intelegente, aprendi a fazer quase de tudo, tanto serro um móvel, como faço tricot, cozinho, pinto a casa, monto as camas e os móveis de uma casa inteira, faço uma instalação eléctrica, de seguido costuro na máquina antiga, herança da minha avó, conduzo, sei fazer captação de imagens com uma camara pró, sei fotografar, entendo mais do que o dito mero utilizador, de computadores, sei reciclar móveis, percebo de mecanica automóvel q.b., sei desenhar plantas de arquitectura, sei falar com correcção, sei escrever alguma coisa de jeito, sou mulher e mãe! Tanta e tanta coisa e nunca tinha descoberto que por causa deste meu lado tão multifacetado, ergui contra mim um modo de deixar de ouvir as chamadas à razão, uma maneira de indepencia excessiva, em que eu sou o centro de tudo isto e raramente preciso de ouvir os outros! Agora que descobri que ficou sempre posto de lado o saber ouvir, o aceitar, que a minha impulsividade em dose mortal, tem de ser refreada! Acalmei, o meu sistema nervoso sofreu uma mutação repentina e tornou-se de repente adulto! Nunca me nasceram os dentes do ciso! Finalmente consigo ponderar, antes de agir ou dizer, consigo OUVIR e acatar. A minha adoloscencia de pura loucura também ajudou a não chegar a adulta, mas teve bastantes consequencias que ficaram sempre em estado de latencia! A coicidencia de estar em contacto com alguém que entra de maca e luta para sair a andar, ou que entra de maca e sai de saco, as fragilidades das tias, avós, primos, dos que estão à espera de deixarem o estado de doente, a impotencia por vezes em salvar, ajudou concerteza que ali não era o berbequim o mais adequado. mas o dar atenção, o ouvir, o aprender. Também durante este processo esteve sempre presente a maldicencia, a hipocrisia, ou seja o lado em que nos temos de defender, mas em vez de entrar em lutas, passar calmamente ao lado! Agradeço aqui a alguém que é muito especial, o ter tirado o PORQUE constante utilizado por mim em quase todas as frases! Agora que sou adulta e cresci é que tomei a plena coisciencia de como a impulsividade pode ser a morte do artista, Agradeço aqui públicamente a todos os que amo, aturaram e aturam, aos que morro de saudades, e com quem tive um comportamento de criança mesmo. A minha partilha de sentimentos dolorosos com voces é uma forma de expor as minhas fragilidades e um grande pedido de desculpa. OBRIGADA